SANTA GIANNA E SEU DEVER DE MÃE

Era uma tarde de terça-feira, dia 05 desetembro de 1961, numa clínica de obstetrícia e ginecologia em Milão/Itália, no hospital de Monza, entre movimentações de médicos e enfermeiras que se encontra uma mulher de trinta e nove anos. Trata-se de Gianna Beretta Molla, a qual havia deixado em casa três crianças.

No leito daquele hospital estão acompanhando Gianna, seu marido, o engenheiro Pedro Molla, o irmão e médico Fernando Beretta e o professor Mário Vitali, cirurgião ginecologista.

Em agosto daquele ano, Gianna estava grávida pela sexta vez, sendo certo que das três primeiras nasceram Pedro Luís (1956), Mariolina (1957) e Laurinha (1959). Gianna sofreu dois abortos espontâneos em seguida, por volta do terceiro mês, a qual a deixou muito desiludida.

A sexta gravidez precedia com sintomas de ameaça de aborto.

Após exames, foi constatado um grande inchaço no lado direito do útero, aparentando um grande quisto ovárico, tendo em vista que, no dia 06 de setembro de 1962, Gianna sofreria uma intervenção cirúrgica.

Apesar dos médicos esperarem outro aborto espontâneo, isso não acontece. O inchaço e as dores aumentam.

Gianna, médica cirurgiã não estava preocupada com a cirurgia, pois sabia muito bem a necessidade e também conhecia os procedimentos. Sua preocupação no entanto, era a sobrevivência do nascituro que se fazia presente em seu ventre e que naquela ocasião encontrava-se ameaçado.

Na decisão dos médicos em operá-la, expressa sua vontade revelando sem meio termo:
Aceitá-la-ei contanto que salve o bebê.”

Gianna pensa nos três filhos que deixou em casa, mas se expira no rosto do quarto bebê que vai se formando em seu útero.
Ela insiste. Seu marido conta que, a mãe dos seus filhinhos, já na vida eterna ( morreu em 28 de abril de 1962), como ela desejava com toda sua alma um outro filho e que o SENHOR a atendeu, contudo, com o sacrifício da própria vida.

Foi o início do seu holocausto, pois com fidelidade aos seus princípios morais e religiosos, exigiu que o cirurgião salvasse a vida de seu bebê. Certa do poder de DEUS, rezou pediu muita oração.

Aceitarei tudo o que me fizerem, contanto que salvem o bebê.”

E ainda disse:

Estou pronta pra tudo.”

Antes da cirurgia, Gianna confessou-se e recebeu comunhão, ocasião em que o Padre Gallazzi descreve: “ Procurei dar-lhe coragem e exortei-a a ter confiança na Providência e também no Milagre se DEUS quisesse.”, momento que Gianna responde ao padre:

Sim, Padre Luís, rezei muito nestes dias. Com fé e esperança confiei-me ao Senhor mesmo contra a terrível palavra da ciência médica que me dizia ‘ou a vida da mãe ou a vida do bebê’. Confio em Deus, sim, mas agora pertence-me a mim cumprir o meu dever de mãe. Renovo ao Senhor a oferta da minha vida. Estou pronta para tudo contanto que se salve o meu bebê.”

(continuação…)

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